domingo, 2 de janeiro de 2011

Tudo Que Você Precisa Saber Sobre Obstetra

Obstetra

"Parte da Medicina que se ocupa dos partos"
Fonte: Dicionário Michaelis

O que é ser um obstetra?

O obstetra é o médico que estuda a reprodução da mulher e investiga sua paciente durante a gestação, parto e pós-parto nos seus aspectos fisiológicos e patológicos. Além disso, este profissional é especialista em cuidar do desenvolvimento do feto e dar assistência à mulher nesse período da gravidez, através dos exames pré-natal. Alguns casos não participam de todo o trabalho de parto, deixando às vezes esse acompanhamento para as enfermeiras dos hospitais ou uma enfermeira da equipe particular. Este é um médico de muita confiança para sua paciente o que faz com que ela traga assuntos que não têm ligação com a consulta, e ele precisa estar sempre preparado para dar esse tipo de suporte.

Quais as características necessárias para ser um obstetra?

Para ser um obstetra, além de todo o conhecimento adquirido na faculdade de medicina, também é necessário que o profissional entenda de psicologia, principalmente a da mulher, para assim se integrar cada vez mais em outras questões que a paciente leve em suas consultas e até ajudar no caso de depressão pós-parto. Além disso, outras características interessantes são:
  • gosto pela medicina e pelas ciências biológicas
  • capacidade de observação
  • capacidade de organização
  • responsabilidade
  • sensibilidade
  • metodologia
  • facilidade para lidar com as pessoas
  • pró-atividade
  • dinâmica
  • interesse pelos sistemas do corpo humano
  • discrição
  • autocontrole

Qual a formação necessária para ser um obstetra?

Para ser um obstetra é necessário possuir diploma de curso superior em Medicina, com duração de seis anos, e posterior especialização (equivalente a pós-graduação) e residência na área de Ginecologia e Obstetrícia de alguma instituição de saúde com duração de três anos. Alternativamente pode-se prestar concurso promovido pela Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO). É imprescindível que o curso escolhido seja de qualidade e reconhecido pelo MEC (Ministério de Educação e Cultura). O curso de Medicina engloba matérias como: anatomia e fisiologia dos diferentes sistemas do corpo humano, biologia, bioquímica, biologia molecular, genética, patologia, medicina preventiva, farmacologia, epidemiologia, psicologia médica, ente muitas outras matérias que tratam de todos os sistemas do corpo e especializações da medicina. É importante que o profissional se atualize constantemente por meio de cursos, palestras e workshops, para se manter sempre informado sobre novos métodos e técnicas de tratamentos e diagnóstico.

Principais atividades de um obstetra

  • realizar consultas com as mulheres
  • orientar as mulheres sobre a importância da consulta periódica com o ginecologista e aconselhamento pré-gestacional
  • realizar o pré-natal: exame que ajuda a diagnosticar patologias que possam vir a acometer a mãe e o feto, o trabalho de prevenção realizado no pré-natal também tem auxiliado a diminuir as taxas de mortalidade infantil e materna
  • fazer perguntas sobre a história familiar
  • acompanhar a saúde do feto e identificar anormalidades precocemente e que possibilitam intervenções terapêuticas ainda no útero
  • verificar queixas
  • solicitar exames detalhados
  • receitar o tratamento adequado em cada caso
  • acompanhar o tratamento, verificando melhora do quadro clínico e mudanças necessárias no método de tratamento
  • acompanhar tratamentos mais específicos com outros médicos
  • diagnosticar e tratar a hiperglicemia materna, para impedir eventos deletérios sobre o feto e recém-nascido

Áreas de atuação e especialidades

O obstetra trabalha sempre com mulheres e podem realizar partos em domicílio, hospitais ou clínicas. Esse profissional pode trabalhar de duas formas:
  • rede privada: podem ser contratados por um hospital ou ter suas próprias clínicas, onde podem ou não aceitar convênios médicos. Nesse caso a mulher escolhe seu médico para o pré-natal e parto.
  • Rede pública: podem ser contratados por um hospital ou clínica. Nesse caso os médicos trabalham em esquema de plantão e a geralmente a paciente não conhece o médico que irá atender o seu parto.

Mercado de Trabalho

O mercado de trabalho para o profissional da saúde sempre é amplo, principalmente nessa área onde a taxa de natalidade é alta. A precariedade da saúde pública faz com que haja constante necessidade de profissionais para servir a população. O importante para se destacar no mercado é a constante atualização por meio de cursos e palestras, pois a área da saúde apresenta grande campo de trabalho e especializações sempre são diferenciais.

Curiosidades

História da Obstetrícia
A obstetrícia, enquanto conjunto de práticas tecnológicas, teve sua origem no conhecimento acumulado pelas parteiras, sendo a participação destas predominantemente feminina. Desconhece-se registros na literatura feitos pelas parteiras em relação aos primórdios da sua prática. Um dos paradigmas que existiam na assistência ao parto era que a parturição se devia a um processo natural, fazendo com que, por muito tempo, a prática médico-cirúrgica permanecesse latente, bem como a participação masculina no parto (OSAVA & TANAKA, 1997). O nascimento da obstetrícia sob tutela cirúrgica direcionou um saber mais voltado para a técnica, como a sutura e a drenagem, deixando de lado as particularidades da gestação e do parto. O fórcipe obstétrico foi o evento influenciador na aceitação da obstetrícia como uma área técnica e científica, onde foi incorporado o conceito de que o parto era perigoso e a presença de um médico era imprescindível, inaugurando o estopim da disputa profissional entre médicos e parteiras. No imaginário do homem comum, instalava-se a noção de que é possível "comandar o nascimento" (OSAVA &MAMEDE, 1995). No Brasil, o declínio da prática da parteira no final do século XIX ocorreu quando se instalou o paradigma médico de que a atenção ao parto é estritamente intervencionista, cirúrgico. A partir daí, a profissional de enfermagem passou por várias designações - parteira, obstetriz, enfermeira obstetra - que reflete a inconstância que a profissão passou durante os últimos anos (OSAVA & TANAKA, 1997).
Fonte: Hospital Virtual Brasileiro

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